Todo início de ano é um recomeço – período ideal para refletir, listar lições aprendidas, identificar oportunidades, traçar metas e colocar em prática o planejamento. Para os profissionais de T&D (Treinamento e Desenvolvimento), é esse o momento de arregaçar as mangas.
E se engana quem imagina que na crise é necessário (ou suficiente) esperar por dias melhores ou congelar investimentos. Números comprovam que cuidar do capital humano e investir na capacitação de profissionais de forma ininterrupta continua sendo prioridade e gerando resultados.
Em 2016, em meio à crise política e econômica, o volume de horas de treinamento por colaborador no Brasil foi 33% superior ao registrado no ano anterior, segundo o Panorama do Treinamento no Brasil, que contou com a participação de mais de 500 empresas respondentes. A média de investimento por colaborador também aumentou (24%) em relação a 2015 e, felizmente, houve queda no absenteísmo nos programas de treinamento (12% é o índice referente a 2016).
Além disso, é possível contar com um planejamento em educação corporativa, já que 89% das empresas trabalham com um Orçamento Anual de T&D – ou seja, sabem quanto tem e quanto podem investir nos próximos 12 meses.
Ao olhar para o futuro, as previsões reforçam a ideia de que continuar investindo em educação corporativa é uma questão de sobrevivência para qualquer companhia. De acordo com pesquisa realizada entre profissionais de RH pelo Great Place To Work, o orçamento da área deverá aumentar em relação a 2016 em 41% das empresas. Para onde vai o dinheiro? Sim, na maioria dos casos (30%), a prioridade de 2017 será T&D (Treinamento e Desenvolvimento).
Treinar, capacitar, preparar colaboradores é menos oneroso e mais vantajoso do que contratar novos. Não à toa, a seleção de pessoas é vista como prioridade apenas em 3% das companhias ouvidas na mesma pesquisa.
Entre as 150 Melhores Empresas Para Você Trabalhar (Guia VOCÊ S/A 2016), 55% delas adotam programas estruturados de treinamento no local de trabalho e 80,4% dos funcionários acreditam que os treinamentos oferecido pela empresa atendem adequadamente às necessidades do trabalho.
É verdade que momentos incertos exigem um olhar mais criterioso sobre os investimentos: antes de gastar, é preciso pesquisar, identificar as reais necessidades da companhia, alinhar expectativas, otimizar recursos, buscar soluções criativas e realmente eficazes – o que, no fim das contas, é bom para todos. Ainda assim, parar de investir em educação corporativa não é uma opção.
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T&D: outros números
- 47% dos gastos em T&D são destinados a atividades terceirizadas – como treinamentos in company, consultorias, conteúdos, licenças etc.
- 63% das ações são realizadas de forma presencial
- Multinacionais realizaram carga de treinamento 38% superior às empresas nacionais
- R$ 624,00 é a média anual de gasto em T&D por colaborador (número bem abaixo da média norte-americana, que é de U$ 1.229,00)
- 22 horas anuais é o volume médio de horas de treinamento por colaborador no Brasil (número inferior aos EUA, onde são 32 horas anuais por colaborador)
(Fonte: O Panorama do Treinamento no Brasil – 2016)