Apesar de toda a tecnologia existente dentro das organizações, incorporada cada vez mais no dia a dia, o sucesso de uma empresa depende, eminentemente, da gestão de seu capital humano. Afinal, grande parte dos contratempos nas organizações está relacionada às pessoas; apenas uma minoria deles acontece por razões técnicas – e nesse caso, contratam-se especialistas para resolver.
Sabendo disso, a área de Recursos Humanos tem ganhado cada vez mais destaque por meio de duas ações: primeiro, tornando-se mais estratégica e mais próxima das decisões; segundo, intensificando recursos e ações de desenvolvimento dos colaboradores para aumentar a competência das pessoas.
Um estudo de 2007 realizado pela Deloitte Touche Tohmatsu apurou que, dos 531 executivos seniores entrevistados que trabalham em grandes empresas, mais de 80% deles considera o RH fundamental para agregar valor ao negócio. Além disso, dentre as principais preocupações destes líderes estão: desenvolvimento de liderança (76%), gestão de talentos (72%), criação de uma cultura de alta performance (71%) e treinamento (66%). A pesquisa ainda revela que 80% das empresas ouvidas prometem incrementar os investimentos em RH para os próximos dois anos, especificamente na capacitação de seus colaboradores.
Mas, em tempos de mudanças mercadológicas e dificuldades econômicas, uma das consequências imediatas e comumente adotada é o corte nos investimentos, mais especificamente, na área que trata de educação e treinamento de colaboradores. Seguindo essa lógica, muitos incorrem no mesmo erro. Aqueles que se conscientizam de que a gestão das pessoas (e do conhecimento delas) é fundamental para o sucesso têm chances de passar pelas crises com menos instabilidade. Sem treinamento, qualificação ou reciclagem, a equipe como um todo estará mais vulnerável e despreparada para enfrentar cenários controversos.
O investimento em educação não pode e não deve ser visto como uma ação imediata e pontual. Investir em pessoas traz diversos benefícios. Ao capacitar os colaboradores, a empresa torna-se capaz de identificar “quem sabe o quê”, facilitando a administração da performance do grupo e de sua atuação junto aos demais departamentos. Outra vantagem, tanto para a empresa quanto para o colaborador, é que a capacitação possibilita ampliar horizontes, por meio do desenvolvimento de pontos deficientes, da atualização e do contato com as novidades do mercado. O profissional se destaca e a empresa que conta com colaboradores preparados tem mais chances de alcançar melhores resultados e sair na frente.
Além disso, é inegável que o profissional em desenvolvimento traz retornos: ele pode aplicar constantemente o conhecimento adquirido em benefício da própria empresa. Esse profissional está sempre pronto para aprender, rever seus posicionamentos e aprimorar suas competências. Sendo assim, está mais perto do sucesso e, por isso, deve ser valorizado.
Investir em capacitação é, portanto, uma questão de inteligência estratégica. As empresas – e os profissionais – que não identificarem o grau de qualificação e não investirem em desenvolvimento e treinamento de capital humano, independentemente do cenário, assumem o risco da estagnação.
Investir em pessoas é investir na própria empresa de maneira certa e segura.
Por Rosângela Curvo Leite, Vívian Cristina Rio e Paloma Domingues
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