Muitas companhias apostam em culturas de pressão para conquistar resultados. No entanto, pesquisas na área de Psicologia Organizacional demonstram que ambientes agressivos são ruins para a produtividade – visão defendida também por Emma Seppälä, Ph.D. na Universidade de Stanford, nos EUA. Por oposição, culturas de trabalho positivas geram maior engajamento dos colaboradores, trazendo benefícios também para empregadores e clientes.
O trabalho sob constante pressão leva ainda à sobrecarga do sistema de saúde. Apesar da ideia de que o estresse e a pressão são responsáveis por fazer com que se trabalhe mais e mais rápido, é preciso considerar os “gastos ocultos”. Em companhias com alto grau de competitividade, as despesas médicas são 50% maiores. Nos Estados Unidos, de acordo com a American Psychological Association, mais de 500 bilhões de dólares são gastos por causa do estresse no ambiente de trabalho. Além disso, de 60% a 80% dos acidentes de trabalho são causados por fatores relacionados ao estresse. Estima-se também que mais de 80% das visitas ao médico são causadas pelo mesmo fator.
Empresas com culturas de trabalho positivas, ao contrário, são mais sustentáveis e demonstram mais chance de sucesso a longo prazo: com emoções positivas e valorização do bem-estar, os relacionamentos interpessoais melhoram e as pessoas ampliam sua criatividade. Experiências negativas, com alto nível de estresse, são reduzidas ou quase inexistentes e os colaboradores conseguem lidar melhor com dificuldades e desafios. Além disso, a pesquisadora Emma Seppälä sugere ainda que quem trabalha em ambientes colaborativos e positivos tende a ser mais leal aos líderes e à organização.
O desenvolvimento de culturas positivas está diretamente relacionado a altos níveis de efetividade – o que inclui performance financeira, satisfação do cliente, produtividade e engajamento.
Reflita: a sua organização tem uma cultura positiva ou negativa?
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