A época em que um profissional construía sua carreira em uma só empresa ficou para trás. Em tempos turbulentos, as companhias não são mais capazes de traçar planos de longo prazo para seus funcionários. Essa é a opinião de Charles-Henri Besseyre des Horts, professor de gestão e recursos humanos da escola de negócios HEC Paris.
O professor defende que, neste contexto, faz sentido a geração Y ser mais impaciente e não esperar por compensações futuras, que podem nunca chegar. Em entrevista à revista Época Negócios, ele argumentou que esses jovens são “mal compreendidos” e que, por isso, as companhias sentem dificuldades em retê-los.
O especialista identifica algumas necessidades da geração Y:
#1. Estar envolvida em um projeto que faça sentido. Os novos profissionais mostram-se engajados quando veem coerência nas tarefas e nos processos do dia a dia.
#2. Sentir-se reconhecida pela companhia. Existe uma demanda por “justiça”: se eu contribuo, quero algo em retorno. Não se trata apenas de remuneração.
#3. Indentificar-se com a cultura da empresa. Muitos desses profissionais saem da empresa por causa de seu chefe, que carrega consigo características da cultura organizacional.
#4. Equilibrar a vida profissional com a pessoal. Num mundo superconectado, a geração Y, por incrível que pareça, é a primeira a se desconectar quando preciso. Os jovens querem fazer parte de uma companhia que demonstre equilíbrio e respeite a vida pessoal do colaborador.