Já ouviu falar na sigla ‘CHA’? Antes de explicá-la, vamos contextualizar.
Cortes de custos, demissões e realocações deixam funcionários tensos em momentos de crise e de incertezas econômicas. Para quem deseja manter o emprego, essa é a hora de se destacar, se reinventar e, assim, minimizar as chances de ser substituído. Por isso, ao invés de se esconder na crise na tentativa de não ser visto, aprenda com ela e apareça ainda mais!
Ao contrário do que muitos pensam, é possível se sobressair mesmo quando a “maré não está para peixe”. Aliás, esse é o trunfo. Afinal, trazer ideias e manter-se motivado apenas em bons momentos não é lá grande mérito… por outro lado, fazer o mesmo quando tudo parece conspirar contra é o que diferencia pessoas em um mesmo ambiente.
De modo geral, um conjunto de fatores determina quem sai e quem fica em momentos ruins. A sigla ‘CHA’ (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), bastante conhecida entre profissionais de Recursos Humanos, pode ser aplicável nesse contexto. Diante da necessidade de cortes, como diferenciar profissionais?
Sigla CHA | C = Conhecimento – “Saber”
Conhecimento é fundamental em qualquer área, em qualquer posição, em qualquer momento – e nunca é demais. Por isso, o profissional que sobrevive à crise é aquele que conhece bem o que faz, mas que não impõem barreiras ou limites ao aprendizado. Ou seja: o diferencial não é “apenas” saber, mas sim querer aprender cada vez mais.
Embora o período também se caracterize por cortes de verbas para cursos e treinamentos, a área não perde seu valor. Abandonar ou interromper planos de desenvolvimento não é uma atitude inteligente, pois só o conhecimento mantém a competitividade e garante a inovação.
Independentemente da política da empresa, estudar, ler, participar ativamente de treinamentos, assimilar feedbacks, ouvir e trocar experiências no dia a dia são ações individuais que podem ser adotadas por profissionais que sempre terão espaço no mercado.
Sigla CHA | H = Habilidades – “Saber fazer”
Habilidade significa saber aplicar o conhecimento e, assim, adquirir experiência. Pode parecer algo simples, mas na realidade não é. Há muitos exemplos dentro das empresas de colaboradores especialistas, extremamente competentes e com ensino formal sólido, mas que têm dificuldade de aplicar e repassar o que sabem. A utilização criativa e a multiplicação do conhecimento são cruciais, especialmente em momentos de crise, quando todos precisam saber de tudo um pouco.
Sigla CHA | A = Atitudes – “Querer fazer”
Atitudes não são aprendidas em livros e dificilmente são identificadas em processos seletivos. Atitudes são observadas e reconhecidas no dia a dia, nas ações cotidianas, na convivência.
O fato é que, diante de obstáculos, se sobressai aquele que tem atitudes proativas e positivas, que não contamina o ambiente com pessimismo e que, ao contrário, procura contribuir com ideias e ações. Engana-se quem pensa que atitudes são “imutáveis” por terem relação com a personalidade. Qualquer um pode mudar suas atitudes e se comportar de maneira diferente – basta querer. Afinal, reinventar-se é preciso!
Mais do que nunca, é o período de aplicar a sigla ‘CHA’ ou, ainda melhor, o seu ‘CHA’: conhecimentos, habilidades e atitudes. Ao invés de encarar a crise como um problema, encare-a como uma oportunidade. Crises fomentam ideias, provocam nosso lado criativo e geram mudanças – várias delas extremamente positivas, que nunca aconteceriam se não fossem pelas “turbulências” da vida.
Se a crise está aí, extraia o melhor dela: pratique o autoconhecimento, invista em você e mostre seu potencial para se diferenciar como profissional.