Se o objetivo é aumentar performance e trazer melhores resultados para empresa, certamente o coaching é uma ótima opção de investimento – ainda mais em tempos de crise, quando é preciso “fazer mais com menos” e extrair o que há de melhor em cada um dos indivíduos.
E as companhias têm percebido isso, já que muitas delas farão mais investimentos nesse tipo de programa em 2016, conforme revela uma pesquisa da Hays em parceria com a ESPM, que ouviu mais de 3.500 profissionais. Segundo os dados, de 2014 para cá, houve um aumento de 17% na contratação de programas coaching para executivos.
O coaching tem se mostrado uma excelente ferramenta para identificar oportunidades de melhoria, atualizar conhecimentos e impulsionar diversas habilidades úteis e aplicáveis no dia a dia empresarial. Nesse cenário, líderes e gerentes têm sido os principais beneficiados com esse tipo de investimento, uma vez que exercem influência sobre um maior número de pessoas e, assim, as mudanças de atitude passam a ter um “efeito cascata” positivo.
Se existem dúvidas em relação à aceitação do programa nas empresas, principalmente entre profissionais de maior nível hierárquico, os números a seguir mostram quão significativo tende a ser o grau de receptividade: 51% dos executivos de alto escalão acreditam que essa metodologia é o que deve mantê-los atualizados no mercado. O estudo foi feito pela Aesc (Association of Executive Search) com 837 profissionais de 75 países, que ocupam cargos de diretoria, vice-presidência e presidência.
Outro estudo realizado na América do Norte pelo Miles Group e pela Universidade de Stanford, revelou que, apesar de 66% dos CEO’s não terem passado ainda por sessões de coaching, 100% deles afirmam que gostariam de vivenciar a experiência de obter feedback externo. Além disso, 80% dos diretores acreditam que seus presidentes estariam abertos a esse processo.
Nos últimos anos, o “coaching de carreira” tornou-se extremamente conhecido e discutido entre os tópicos de educação corporativa. O objetivo principal é auxiliar indivíduos que se encontram em diferentes fases profissionais a tomarem decisões e redirecionarem seus esforços e ações, visando atingirem realização, satisfação. e crescimento profissional.
Mas, ao contrário do que muitos imaginam, essa ferramenta de desenvolvimento é bem mais ampla e pode focar em outras áreas e competências, a partir do trabalho com indivíduos que não precisam necessariamente estar insatisfeitos com o andamento da carreira.
Segundo a mesma pesquisa do Miles Group e Universidade de Stanford, as principais competências que os CEO’s gostariam de aprimorar neles mesmos estão relacionadas a áreas como Liderança, Gestão de Conflitos, Team Bulding, Motivação e Argumentação.
Os coaches do CPDEC, por exemplo, realizam sessões de coaching (presenciais e semipresenciais) para trabalhar questões como Assertividade, Apresentações em Público, Feedback Eficaz, Gestão do Tempo, Condução de Reuniões, Relações Interpessoais, Gestão de Projetos, dentre outras. Quanto mais específica e clara for a necessidade individual, mais chances de sucesso, uma vez que o coach pode, assim, atuar de maneira mais objetiva e eficaz, otimizando esforço e tempo de ambas as partes.
Nesse processo de aprendizagem, todos os envolvidos se beneficiam: o coachee (como é chamado o participante) tem a oportunidade de ouvir feedbacks externos, identificar necessidades de melhoria e, assim, aprender e se desenvolver, impulsionando sua performance. Ao investir em coaching e em educação corporativa, a empresa sai do “universo discursivo” e demonstra na prática que valoriza seu capital humano e que tem expectativas quanto a desempenhos individuais. Como consequência, conquista melhores resultados e retém funcionários mais preparados para lidar com os desafios do dia a dia.
A Revista Fortune 500 publicou um estudo de cálculo do ROI em um processo de coaching que envolvia 100 executivos. Esse estudo mostrou um retorno sobre investimento de 529%. Se forem inclusos os benefícios financeiros de retenção de funcionários, o ROI total aumentaria para 788%.
Os dados evidenciam que o coaching pode (e deve) fazer parte de um plano estratégico envolvendo educação corporativa. Desse modo, não faltam números e argumentos para justificar por que investir em coaching é um bom negócio, principalmente em momentos econômicos turbulentos, quando são os indivíduos que realmente fazem toda a diferença.