Aulas expositivas e pouco envolventes, professores autoritários e exercícios padronizados e desarticulados da realidade dos aprendizes: esse é o cenário comumente associado ao aprendizado. Aprender, no entanto, não deve ser um processo passivo, engessado e doloroso.
O aprendizado é uma via de duas mãos e pode ser potencializado por técnicas dinâmicas e interativas, como jogos e atividades lúdicas capazes de despertar a atenção e o interesse de pessoas de qualquer idade. Ao contrário do que circula no senso comum, os jogos não são exclusividade do mundo infantil. Desde a antiguidade, eles representam uma das maneiras que a humanidade encontrou para transmitir e fixar conhecimentos e valores a gerações futuras. Tal característica vem chamando a atenção das organizações.
A utilização dos “jogos de empresas” como estratégia de ensino e aprendizagem em negócios teve seu incremento nos Estados Unidos, a partir da década de 50, com a finalidade de treinar executivos da área financeira. Estudos realizados nas últimas décadas mostram o deslanche dos jogos no ambiente empresarial ao serem usados para facilitar o treinamento e a aprendizagem dos colaboradores de todos os setores. Por meio de simulações, os profissionais são desafiados a saírem da “zona de conforto” e a enfrentarem situações hipotéticas que poderiam acontecer no dia a dia. Neste processo, novas habilidades são descobertas, competências diversas são desenvolvidas e falhas – passíveis de serem corrigidas – são identificadas.
Nesse sentido, as dinâmicas de grupos, estudos de caso, competições entre equipes, sempre com auxílio de elementos lúdicos e com objetivos estabelecidos, ganham espaço nos treinamentos in company para desenvolver e motivar colaboradores de forma coletiva. Paralelamente a isso, não é difícil encontrar meios de “aprender brincando” sem depender de outros.
Na era digital, para “jogar” (e aprender) basta querer. E não é preciso gastar folhas de papel, reunir colegas ou comprar tabuleiros: as atividades podem ser feitas online, por meio de sites ou de aplicativos que estão disponíveis, em sua maioria, gratuitamente e que permitem interação com outros participantes. O tradicional Scrabble (também conhecido como “palavras-cruzadas”) foi criado em 1938 em forma de tabuleiro e atualmente já está disponível nos sistemas operacionais dos tablets e smartphones, com versões em diversas línguas, inclusive em português. O aplicativo contém até um recurso, similar a um dicionário, que permite consultar palavras. Além de ampliar o vocabulário e melhorar o português, o jogo estimula a memória e o raciocínio lógico. O sudoku, jogo da forca e dos sete erros também já possuem versões online e são excelentes para exercitar a mente em qualquer local.
Independentemente da metodologia ou da tecnologia escolhida, o importante é o exercício mental proporcionado pelos jogos e a consciência de que, mesmo sem perceber, o processo de aprendizagem é fundamental e merece investimento contínuo.
Por Mônica Bulgari e Paloma Domingues
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