Proativos, dedicados, inovadores, comprometidos e apaixonados pelo o que fazem. Essas são algumas das características dos intraempreendedores: colaboradores que adotam postura empreendedora dentro de uma empresa. E que companhia não gostaria de contar com funcionários assim, especialmente em momentos de crise?
Empreender significa agregar valor, identificar oportunidades e transformá-las em negócios lucrativos. O termo intraempreendedorismo foi criado pelo consultor americano Guifford Pinchot, em 1978, para caracterizar indivíduos que têm iniciativas e pensamentos empreendedores dentro da organização onde trabalham. Isso significa que esses profissionais não apenas se limitam a executar suas funções, como também buscam constantemente melhorias e superações.
A visão ampla, sistêmica e de longo prazo norteia o pensamento desses indivíduos, que têm facilidade para identificar oportunidades e procuram realizar ações benéficas não somente a eles ou a sua equipe, mas à companhia como um todo. Eles perguntam a si mesmos: “o que posso criar?”; “O que não existe, mas deveria existir? ”; “Como esse processo pode ser agilizado?”; “Quais medidas poderiam ser tomadas para melhorar a vida dessas pessoas”?; “O que eu posso fazer hoje que ajudaria a companhia no futuro?”
É inegável a existência de uma relação de interdependência: essas pessoas precisam da empresa, assim como a empresa precisa delas. Em momentos de crise, são profissionais com esse perfil que se destacam, pois demonstram constantemente o quanto podem contribuir coletivamente com atitudes proativas. A crise, aliás, deve servir como combustível nesse momento.
Por outro lado, o intraempreendedorismo necessita de um ambiente seguro e propício para que seja desenvolvido. As empresas podem (e devem) incentivá-lo. Para isso, é preciso valorizar a inovação – por meio de premiações ou fóruns, por exemplo – e estimular a participação ativa de colaboradores de todos os níveis. A cultura organizacional deve ser voltada para a coletividade e para o espírito de equipe.
Por isso, ações intraempreendedoras devem ser praticadas e sentidas no dia a dia – e não permanecerem apenas no discurso. Para serem fomentadas com frequência, as ideias não podem ser minadas ou ignoradas; ao contrário, precisam ser bem recebidas sempre, ainda que não sejam postas em prática imediatamente.
Essa conduta receptiva, aberta ao diálogo e à exposição de pensamentos, é a maior responsável por incentivar e promover a inovação em todos os níveis, de formas diversas. Só assim o intraempreendedorismo sai do discurso e passa a acontecer.
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