O Brasil sai da Copa do Mundo de 2014 mais enfraquecido do que nunca depois de uma derrota histórica: 7×1 contra a Alemanha, jogando em casa. Certamente, esse episódio trará impactos na vida dos jogadores e comissão técnica, que têm a competição como uma grande vitrine profissional.
Todos nós estamos sujeitos a derrotas, falhas e erros grosseiros também em nossas vidas profissionais – com a vantagem, neste caso, do anonimato que nos protege de holofotes, câmeras e exposições públicas. Os erros no trabalho trazem inevitáveis consequências para a imagem de quem os comentem, independentemente da posição ocupada e do que fazem no dia a dia.
E com que imagem profissional saem alguns jogadores e o técnico da seleção brasileira ao fim da Copa do Mundo? Pensando no desempenho individual e nas características deste mercado, aqui vai a nossa avaliação:
- Neymar: imagem positiva. A ausência dele no último jogo evidenciou sua relevância na equipe. Não brilhou tanto como era esperado, mas foi peça fundamental em todos os jogos. Segue como um profissional valioso e promissor, com muito espaço ainda na seleção;
- David Luiz: imagem positiva. Apesar de ter jogado mal contra a Alemanha, ele foi a sensação do Mundial ao mostrar carisma, competência e garra. Depois que a “poeira abaixar”, deve ser ainda mais assediado por marcas e empresas;
- Fred: imagem negativa. Foi mal na competição, não desempenhou bem a sua função como “fazedor de gols” e, por consequência, foi alvo de muitas piadas na internet. É um dos mais velhos da equipe e não deve ganhar outra oportunidade;
- Júlio Cesar: imagem ‘neutra’. É verdade que o atleta foi decisivo na disputa por penaltis, mas ficará lembrado também pelos 7 gols tomados numa única partida. O jogador já tem 35 anos e dificilmente será convocado novamente. Outros goleiros menos conhecidos de outros times tiveram maior destaque;
- Thiago Silva: imagem ‘neutra’. A competência e o talento como zagueiro são indiscutíveis e sua ausência no último jogo foi muito sentida. No entanto, não passou uma boa imagem como capitão e líder ao se isolar da equipe em momentos tensos e ao demonstrar pouco controle emocional. Deve voltar à seleção, mas talvez não mais como capitão;
- Daniel Alves: imagem ‘neutra’. Começou a competição como titular absoluto, mas perdeu rapidamente a posição para outro colega (Maicon), que demonstrou mais eficiência na disputa pela bola e na marcação dos adversários. Apesar disso, deve continuar atuando em grandes equipes, já que tem certo crédito e boa reputação fora da seleção;
- Felipão: imagem negativa. A derrota por 7×1 foi atribuída, em grande parte, pela forma “aberta” como o técnico escalou o time. Ao longo do Mundial, cometeu falhas na escalação e insistiu em manter alguns jogadores que vinham sendo pouco eficientes. Há quem conteste também seu jeito “paizão demais” de liderar.
Resumo: um projeto (neste caso, o projeto era “vencer a Copa do Mundo 2014”) traz grandes oportunidades, mas seu sucesso depende de uma série de acertos, do comprometimento e do bom desempenho de todos os envolvidos, que são impactados diretamente com o resultado final – seja ele bom ou ruim. Mas vale atentar-se para o seguinte fato: até mesmo em circustâncias difíceis, sempre há alguém que se destaca positivamente.
Na “vida real”, vale a reflexão: você é um profissional que faz a diferença na equipe?