As empresas nacionais e multinacionais que atuam no Brasil têm enfrentado um cenário particular nessa nova década: lidar com a escassez de profissionais que atendam as suas expectativas. Uma das principais causas dessa questão é o descompasso atual entre as necessidades das empresas e o nível de capacitação dos profissionais. Esse despreparo relaciona-se menos com o conhecimento técnico do que com atitudes e habilidades comportamentais.
Por um lado, as empresas idealizam um candidato perfeito; desejam profissionais que preencham diversos requisitos de imediato, sem que haja um tempo para qualificação e adequação desse profissional no novo ambiente. Por outro, a formação proporcionada pelas universidades e escolas técnicas não consegue acompanhar a velocidade das mudanças organizacionais e nem sempre vem ao encontro da realidade empresarial, o que cria uma distância ainda maior entre esse dois universos.
Quais as qualificações que o mercado busca?
Um estudo feito pela consultoria Mckinsey em empresas de nove países mapeou as competências mais valorizadas pelas empresas e, dentre elas, há aquelas que podem ser adquiridas por meio de cursos e treinamentos e outras que estão mais relacionadas a atitudes pessoais (ver gráfico abaixo). Boa formação acadêmica, cursos específicos em diferentes áreas do conhecimento, programas de especialização e experiências em empregos anteriores continuem contando pontos na hora da contratação. Além disso, competências como coordenar bem uma equipe, elaborar apresentações eficazes em outro idioma, dominar a escrita e saber resolver problemas deixaram de ser o “algo a mais” para se tornarem cada vez mais obrigatórias. Demonstrar atitudes positivas como: dinamismo, flexibilidade, iniciativa e prontidão são características cada vez mais almejadas pelas organizações.
Um dos efeitos desse anseio dos empregadores em encontrar profissionais que correspondam às requisições dos cargos é a expansão dos programas de trainees e estagiários, uma vez que eles propiciam às empresas a oportunidade de capacitar seus recém-contratados e adaptá-los ao seu ritmo e às suas necessidades. Além disso, a capacitação personalizada que cada empresa oferece agrega valor ao jovem que está ingressando no mercado de trabalho.
Mas a competência principal nesse contexto ávido por profissionais bem preparados, que se antecipam às necessidades das organizações é o desejo de “aprender a aprender”. Estudar por conta própria, buscar maneiras de enriquecer o conhecimento, investir no aprendizado de outros idiomas são essenciais para os profissionais que desejam ampliar seu repertório cultural. Com base no gráfico das competências mais requisitadas pelas empresas, é possível criar estratégias pessoais para o desenvolvimento das habilidades e conhecimentos que possam fazer com que o profissional seja cada vez mais competitivo.
Nesse cenário, o CPDEC reafirma seu compromisso em preparar profissionais de diversas áreas, oferecendo programas específicos para a promoção das competências de cada uma das esferas do conhecimento.
Por Mônica Bulgari, Rosângela Curvo leite e Vivian Stella
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