Em meio a tantos estímulos, nem sempre é fácil manter-se concentrado durante os treinamentos corporativos para aproveitá-los ao máximo. Mas, uma técnica simples recomendada desde o período escolar é uma das maneiras mais eficazes de absorver rapidamente o conhecimento: fazer anotações à mão. Não se incomode com a letra feia, com as setas ou com linhas tortas: o importante é anotar do seu jeito.
E há explicação científica para isso: o ato de escrever é um ótimo exercício cognitivo que põe o cérebro e a memória para trabalhar. Nunca será possível captar todas as palavras do instrutor – o que obriga o participante a “resumir” o conteúdo na mente para registrar apenas as palavras-chave. Aquilo que vira anotação é justamente o que já foi processado pelo cérebro como o mais importante. Durante esse processo, nos forçamos a ficar muito mais atentos à mensagem transmitida.
Um estudo das Universidades de Princeton e da Califórnia, ambas dos EUA, analisou um grupo de estudantes: uma parte fazia anotações usando o teclado de um computador; outra parte, no papel. O segundo grupo se saía significativamente melhor nas avaliações do que o primeiro. Apesar de os estudantes que teclam conseguirem registrar mais informações, os que anotam à mão fazem o esforço de compreender a mensagem do professor para então reescrever o que foi dito em suas próprias palavras.
Ao fim do treinamento, as anotações, ainda que feitas como um “rascunho”, ganham uma nova utilidade como material de consulta e pesquisa.
> Por que anotar?
- Absorver mais rápido o conteúdo
- Evitar distrações
- Exercitar o poder de síntese
- Reconstituir a memória visual
- Construir material futuro de consulta
- Prevenir doenças neurodegenerativas (como Alzheimer)
No próximo treinamento corporativo, palestra ou aula, lembre-se: ao ouvir, tirar fotos da lousa ou ler os slides, você está gravando as informações, mas não as absorvendo da maneira mais eficiente. Para maximizar os resultados no seu processo de aprendizagem, faça anotações.